Monday, February 26, 2007

Abrangência Lusófona

A língua portuguesa é a herança nobre de cinco séculos de história, que juntou Portugal a : Angola, Brasil, Cabo -Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São -Tomé e Príncipe e Timor. Todos agrupados numa Comunidade denominada países de língua oficial portuguesa, com o objectivo comum de se tirar melhores dividendos desta riqueza partilhada, em condições de soberania plena dos países que dela fazem parte.

A projecção da lusofonia implica porém, a gestão dos estigmas do passado, convergindo esforços numa participação equitativa e de respeito comum, sempre na busca de melhor enquadramento desta ferramenta de comunicação que é usada num espaço de mais de 220 milhões de pessoas.

A lusofonia, sendo património linguístico comum de oito países membros duma Comunidade com povos e culturas diferentes, terá que saber aceitar os desempenhos característicos da língua, nomeadamente no que à pronúncia diz respeito, evitando choques de assimilação característicos da zona de origem populacional a que se refere a pronúncia. Pois a língua, como instrumento de comunicação só o é, se for adoptada e desenvolvida cientificamente por uma Comunidade. E a pronúncia, não é mais do que uma característica duma determinada comunidade.

Se a língua portuguesa realmente nos dá esta oportunidade de estarmos inseridos dentro deste espaço denominado CPLP, é a ela que primeiramente se deve dar uma atenção especial, desenvolvendo por exemplo, programas que visem a radicação do analfabetismo na Comunidade.

Infelizmente, os interesses sobrepõem-se às necessidades e a lusofonia parece cada vez mais um espaço de negócios e menos de cultura. Cada vez mais materializada, cada vez com menos expressão histórico - cultural e alcance além fronteiras.

Fernando Casimiro (Didinho) em http://www.didinho.org/

A Sociologia


A Sociologia é um ramo da ciência que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam o indivíduo em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo isolado é estudado pela Psicologia, a Sociologia estuda os fenômenos que ocorrem quando vários indivíduos se encontram em grupos de tamanhos diversos, e interagem no interior desses grupos.
A Sociologia não é matéria de interesse apenas de sociólogos. Cobrindo todas as áreas do convívio humano - desde as relações na família até a organização das grandes empresas, desde o papel da política na sociedade até o comportamento religioso -, a Sociologia interessa de modo acentuado a administradores, políticos, empresários, juristas, professores em geral, publicitários, jornalistas, planejadores, sacerdotes, mas, também, ao homem comum. A Sociologia não explica nem pretende explicar tudo o que ocorre na sociedade nem todo o comportamento humano. Muitos acontecimentos humanos escapam aos seus critérios. Ela toca, porém, em todos os domínios da existência humana em sociedade. Por esta razão, a abordagem sociológica, através dos seus conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, conseqüentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.
A Sociologia se ocupa com as observações do que é repetitivo nas relações sociais para daí formular generalizações teóricas.A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XIX, na forma de uma resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando menor e mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto" para a desintegração social.

Hoje os sociólogos pesquisam macroestruturas inerentes à organização da sociedade, como raça ou etnicidade, classe e gênero, além de instituições como a família; processos sociais que representam divergência, ou desarranjos, nestas estruturas, inclusive crime e divórcio. E pesquisam os microprocessos como relações interpessoais.

Sociólogos confiam frequentemente em métodos quantitativos de pesquisa social (como a estatística) para descrever padrões generalizados nas relações sociais, e para desenvolver modelos que possam ajudar a predizer mudanças sociais e como as pessoas responderão a essas mudanças. Mas para algumas áreas da Sociologia (e para alguns sociólogos) acredita-se que métodos qualitativos — como entrevistas dirigidas, discussões em grupo e métodos etnográficos — permitam um melhor entendimento dos processos sociais.

Uma abordagem sociológica que concilie as duas perspectivas tende a ser mais apropriada pelo fato de que ambos os métodos são complementares, do que se conclui que cada método pode complementar os resultados do outro. Por exemplo, os métodos quantitativos podem descrever os padrões grandes ou gerais, enquanto as aproximações qualitativas podem ajudar entender como os indivíduos entendem ou respondem a essas mudanças.

In wikipedia.org
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Eterna Saudade!



Joaquim Pires Simões
PSarg. OPRADET/OPCART

da Força Aérea Portuguesa
02-04-1936 / 26-02-1999




Pai, obrigado!
Pelo homem que de mim fizeste,
E o tempo que me dedicaste,
Pelo amor que me deste,
E os ensinamentos, p’ra vida.
Não foram em vão,
Ainda hoje, me guiam,
Me servem de orientação!
Meu pai, amigo e companheiro,
Sempre presente a ajudar-me
Foste o meu ídolo, e herói
Sobretudo um grande pai.
Com saudade te relembro,
A nostalgia me faz sofrer,
Na alma a ferida que ainda dói,
A dor de te perder,
O melhor pai do mundo,
Pai obrigado!



Dedico este poema ao meu querido pai,

faz hoje oito anos que nos deixaste.

A Saudade, e a lembrança

Está sempre presente no meu coração!

Tuesday, February 20, 2007

Dinamização e divulgação do Voz do Povo

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Um grande abraço

OS PACOTES DAS RELAÇÕES ENTRE A CHINA E ÁFRICA


Por: Fernando Casimiro (Didinho)
didinho@sapo.pt
20.02.2007

África é um continente e a China um extenso país, o mais populoso do mundo.
A China é um império, povoou regiões do continente asiático, levou os seus usos e costumes a outras terras e povos do mundo.
A China define-se como uma República Popular, dirigida por um Partido comunista. De popular talvez o facto de ser o mais populoso do mundo. De orientações comunistas talvez pelo facto do Partido que dirige o país ainda continuar a chamar-se Partido Comunista Chinês.
A China que se conhece não é a China onde os chineses têm liberdades, direitos e garantias como cidadãos com direitos e deveres num Estado de Direito.
A China que se vê emergir não é uma China com estruturas económicas e de desenvolvimento do tipo-padrão que caracterizam as economias e sociedades comunistas, mas sim as economias e sociedades capitalistas.
A China tem jogado uma estratégia entre a sustentação das ideologias comunistas para fugir à responsabilização dos critérios da abertura à democratização mas, em simultâneo, tem acelerado as suas reformas económicas seguindo precisamente orientações antagónicas à ideologia comunista e assentes na definição prática dos conceitos macroeconómicos da ideologias capitalistas.
A necessidade de se modernizar para melhor se expandir, fez com que a China projectasse uma política externa digna do termo, tendo como base a sustentabilidade dos seus negócios e a rentabilidade do capital nos pacotes das várias estratégias definidas consoante a zona de interesse e de intervenção.
A China definiu a sua estratégia de crescimento e de desenvolvimento, tendo como propósito disputar com as principais potências mundiais a garantia das reservas das principais matérias primas energéticas que sustentam o desenvolvimento industrial a nível mundial. É esta garantia e controlo de reservas de matérias primas energéticas que fazem a diferença e farão cada vez mais, na determinação e sustentação das superpotências.
Um espaço privilegiado e com variadíssimas reservas de produtos minerais energéticos é precisamente o continente africano.
Privilegiado por não ser concorrente na busca de garantias de um futuro melhor para os africanos e por assim dizer, não definir políticas de desenvolvimento com aproveitamento próprio dos seus recursos minerais energéticos, como também, por deixar que se explorem as suas riquezas a troco de contrapartidas financeiras que nunca vão de encontro aos valores dos produtos e muito menos da salvaguarda e benefício de interesses dos povos e países africanos, mas sim dos seus governantes.
A China estudou o percurso europeu em África tanto da época da colonização, como das revoluções e do período de estabelecimento de afinidades numa nova relação das antigas potências coloniais com os novos países africanos.
A China sabe que muito do sucesso do desenvolvimento da Europa teve como base de sustentação o continente africano não só pelos seus recursos naturais, mas também pelos seus recursos humanos.
A China sabe igualmente que a Europa pouco investiu na valorização do continente africano, particularmente nos seus recursos humanos, atitude esta no sentido de se criar uma dependência crónica entre a Europa e a África no que ao domínio tecnológico e ao controle do dirigismo das iniciativas de desenvolvimento diz respeito.
A China sabe o que os europeus deixaram em África, mas também o que levaram e têm levado de África.
A China sabe o que os europeus têm dado hoje em dia a África mas sabe, acima de tudo, o que os governantes africanos preferem receber mas que o critério dos programas de cooperação dos países europeus nem sempre aprova.
De estudo em estudo, a China criou e definiu pacotes na sua missão de parceria estratégica com a África, não para ajudar o continente africano a desenvolver-se, mas sim, tal como na época da colonização europeia, também ela, a China, aproveitar-se das riquezas de África para sustentar as necessidades enormes da sua rede de desenvolvimento, cujas reservas dependem essencialmente de matérias primas energéticas que a China necessita em grandes quantidades.
Se outrora os africanos foram enganados pelas artimanhas dos primeiros colonizadores europeus, hoje, a táctica da China consiste em financiar projectos nem sempre propostos pelos governantes africanos, mas incluídos em pacotes de oferta apresentados pela China, numa reposição clara da estratégia colonial.
Sabe-se que a China faz deslocar todos os meios para concretizar/executar os projectos anunciados, desde simples pregos até mão de obra.
Sabe-se que a China consegue desta forma exportar os seus produtos sem ter concorrência ou restrição e rentabilizar todo o investimento porquanto o dinheiro aplicado ser uma estratégia de engenharia financeira com contrapartidas superiores ao investimento e, sobretudo, com retorno total à proveniência: China!
A China estudou igualmente a questão das relações internacionais e tem-se aproveitado da ambiguidade de posicionamentos e conveniências quer dos europeus, quer dos americanos para, na sombra, tirar proveito da sustentação da sua política de indiferença quanto aos direitos humanos e, assim, fugir à linha da não indiferença pela ingerência nos assuntos internos, como forma de salvaguardar uma relação de promiscuidade com os regimes ditatoriais africanos e em defesa dos seus interesses, ou não fosse a China exemplo reconhecido de atropelos aos direitos humanos!
No entanto, esta forma de agir da China não é estranha ao mundo dito desenvolvido, que cada vez mais se insurge contra as investidas da China no continente africano.
Esta atitude quer da Europa quer dos Estados Unidos de denunciar a pretensa hipoteca das reservas minerais energéticas de África pela China, da forma como tem sido feita, só surge devido ao sucesso da política externa chinesa, concretamente dos pacotes para África e que têm surtido efeito na implantação estrutural da China no continente negro.
Se as movimentações chinesas estão a conseguir viciar os conceitos de cooperação entre nações e povos, muito disso resulta por culpa das estratégias erradas de relacionamento com África e com os africanos, tanto por parte da Europa, como dos Estados Unidos.
Uma estratégia sempre baseada em contrapartidas materiais imediatas, sem considerandos práticos no assumir de princípios e na defesa de valores universais que moralizem as boas práticas que tanto a Europa, quer os Estados Unidos defendem para si.
As políticas de cooperação traçadas e seguidas pelos governantes africanos são na sua maioria sustentadas por conveniências de planos normalmente elaborados pelos parceiros económicos europeus e americanos. Políticas nem sempre baseadas na transparência e de que hoje se faz uso e abuso em África para dar à China a oportunidade que a Europa e os Estados Unidos, em boa verdade menosprezaram no sentido de fazerem mais e melhor pelo desenvolvimento do continente africano.
Mas se os europeus e americanos não fizeram mais e melhor até aqui, muito menos os chineses conseguirão fazer, sendo que é mais fácil a revisão dos erros estratégicos por parte dos europeus e americanos no sentido de uma nova aposta de desenvolvimento sustentado, baseado em fórmulas de reciprocidade de vantagens igualmente sustentadas, com os países africanos no sentido de um novo marcar de pontos na estratégia de relacionamento com África, do que permitir a expansão chinesa no continente.
Os africanos deverão ter em conta que não há desenvolvimento sustentável sem haver liberdade e as memórias da colonização estarão sempre presentes para clarificar as dúvidas neste sentido.
Quem tiver boas intenções para África, deverá ter boas intenções para os africanos e não olhar simplesmente para as riquezas naturais do continente negro e muito menos sustentar e apoiar ditaduras em África, fechando os olhos às matanças, à fome, às doenças, numa palavra; às desgraças de África e dos africanos vítimas dos seus governantes apoiados pelos interesses das potencias mundiais!
Gostaria de ver África afirmar-se, criando estruturas de desenvolvimento próprio e no terreno, de forma a evitar a dependência. Claro que seria sempre uma estratégia com recurso a parcerias, mas de forma a permitir que África tenha tudo de bom que outros continentes têm!

Thursday, February 15, 2007

QUE POVO É ESTE?

Recebi por e-mail este texto de opinião que achei oportuno divulgar, dentro do âmbito de solidariedade com o povo Guineense.

A opinião de Djodji08.02.07

Olhando para a história política e criminal do meu país, Guiné-Bissau, não posso deixar de continuar a estranhar o comportamento ora heróico e ora passivo do meu povo!Este texto não pretende trazer nada de novo aos guineenses, mas apenas perguntar directamente aos guineenses – porquê? Porque permitimos que tudo aconteça na Guiné-Bissau, sem que o dono e senhor da terra, o povo, nada faça para mudar o rumo do seu destino?O meu povo saiu à rua para aplaudir os nossos libertadores do jugo colonial, vindos da então intitulada zonas libertadas. Esse mesmo povo saiu à rua para aplaudir um general de boca espumada, que nos viria libertar do domínio cabo-verdiano que se viveu logo após a independência e que ceifou a vida a muitos guineenses que haviam participado do outro lado da barricada na luta da libertação do jugo colonial português.Anestesiado com a valentia do General espumoso, o povo ficou imediatamente amnésico!!! Esquecemos que o próprio General era um dos principais representantes do regime contra qual havia acabado de revoltar-se e, portanto, era muito difícil e até impossível, que esse cínico herói que se apresentava como salvador da pátria não tivesse tido conhecimento das execuções de irmãos guineenses, que ele nomeou um a um, entre as bolhas de espuma no canto da boca.Como era possível, o seu imediato superior hierárquico, o Presidente da República, tivesse tido conhecimento desses actos bárbaros, como ele fez querer ao povo, sem que a informação tivesse passado pelas mãos dele, que coordenava os comissários? Mas, na altura, o povo guineense engoliu essa estória, aplaudiu e apoiou o “general-espumoso”, sem no entanto ter tido qualquer ganho (muito pelo contrário!!!), com a mudança de regime.O nosso “general-espumoso”, mal se apanhou no poder absoluto disse que não matou ninguém, nem era contra ninguém e, ainda, anunciou a “concórdia nacional”. Desses anúncios ao engordar as suas contas bancárias, coleccionar amantes e enriquecer alguns amigos, foi uma questão de menos de meia-dúzia de anos. Segundo consta, alguns desses amigos trocavam esse estatuto de privilegiado com cedências periódicas dos seus leitos matrimoniais ao “general-espumoso”, porque contrariar esse desejo do general podia significar desgraça pessoal com acusação no envolvimento de alguma trama contra o todo o poderoso e eventual morte. Alguns até terão dado o próprio apelido aos filhos do general espumoso.O povo assistiu impávido e sereno esses abusos do poder e os ditos “amigos” oportunistas, que terão chegado ao ponto de “alugarem” os seus leitos matrimoniais, não devem ter ouvido nunca pronunciar o nome de Ernesto Che Guevarra, que disse uma vez que “mais vale morrer de pé, que viver de joelhos”. Preferiram viver de joelhos, para hoje tentarem fazer a diferenciação de “gentes no sistema, com gentes do sistema”!!!Essa gentinha aceitou viver de joelhos, comendo as migalhas do general-espumoso”, enquanto o povo já se encontrava deitado e prostrado, comendo as migalhas desses oportunistas. Nessa altura, o general já havia deixado de ser espumoso e até contratara um professor de português para lhe dar aulas particulares e já partilhava os seus instintos hormonais com algumas “senhoras” da sociedade Bissau-guineense e até conhecia uns empresários portugueses que também lhe davam algumas aulas sobre o tratamento especial das finanças públicas.Também foi nessa altura que conheceu outros ditadores com os quais foi aprendendo as tácticas para a eternização no poder. Nessa luta para a manutenção no poder, eliminou e mandou eliminar fisicamente muitos dos guineenses que haviam apostado nele naquele fatídico dia de 14 de Novembro, data essa que hoje, até o próprio general-ditador tem vergonha de comemorar.Dos nomes dos assassinados no regime de Luís Cabral, o regime do general sanguinário conseguiu ultrapassar, de longe.A tudo isso, o meu povo assistiu sem reagir de forma convincente e com repulsa desses actos e seus actores, até que apareceu um Brigadeiro acusado de tráfico de armas, que viveu quase duas décadas à custa do regime, que resolveu salvar a sua própria pele e mobilizou muitos militares para a sua causa. O general pediu ajuda aos amigos ditadores, sem pedir consentimento ao povo, que ele julgava prostrado e sem reacção, mas esqueceu-se que estar prostrado não é o mesmo que estar caquético e agonizante.O povo acreditou mais uma vez numa mão salvadora e levantou-se e foi buscar forças onde já não havia, para correr com o ditador sanguinário. Só que o povo esqueceu-se das verdadeiras razões do brigadeiro e dos abutres intelectualóides que estavam por trás das estratégias do Brigadeiro. A “vassourada” não foi completa, nem eficaz!!! Aí que aparece de Bissorã, um intelectualóide que havia tentado concluir um curso de direito numa faculdade pública portuguesa e fracassou e tinha-se dedicado ao comércio, que era pouco para as suas aspirações megalómanas.Esse mesmo intelectualóide foi o mentor e principal responsável pela saída do general sanguinário para o exílio, sem qualquer responsabilização pelos seus actos no passado. O mesmo intelectualóide não tardou a ser nomeado como primeiro-ministro de transição. Da transição até os guineenses “enfiarem um barrete vermelho”, foi pouco tempo. E, o povo estava convicto que o intelectual louco e populista era a solução que a pátria mais ansiava. Mas, continuou a assistir impávido e sereno, acusações públicas de corrupção, prisões sem acusações oficiais, perseguições de órgãos de comunicação social, tentativa de etnização do poder, etc.Desesperado e bem acomodado no poder, o louco intelectual declarou ao próprio povo que lhe havia colocado no poder, como incapaz de escolher por escrutínio livre os seus próprios representantes no aparelho do Estado.Estranhamente, começaram a acontecer alguns encontros em Portugal, inclusive com almoços, entre o louco intelectual e o general-sanguinário. Pouco tempo antes, o governo português havia assumido desconhecer o paradeiro do general-sanguinário, que vivia as expensas do contribuinte português, tendo sido apenas admoestado, após o regresso à sua residência.Estranhamente, no período de tempo em que o general-sanguinário esteve ausente de Portugal e sem paradeiro certo, houve deslocações de alguns militares guineenses para tratamento e férias no Senegal e na Guiné-Conakri, entre os quais Tagmé na Waie. Não é que nesse período de tempo, houve desentendimento entre o Brigadeiro e o louco intelectual, que levou à perseguição e a morte em circunstâncias estranhas do primeiro.Após a morte do brigadeiro, não tardou a aparecer o General Veríssimo Correia Seabra que derrubou o regime eleito democraticamente e que agia de forma ditatorial. O mesmo General afirmara publicamente, que o general-sanguinário só regressaria à Guiné-Bissau de forma livre e impune, por cima do seu cadáver. É caso para dizer, foi ele quem pediu!!! Da sua morte, até a invasão do espaço aéreo guineense por um aparelho militar de outro Estado, também comandado por um professor do general sanguinário na arte da ditadura e do absolutismo, foi pouco tempo.Eis que o meu povo mergulhou outra vez na amnésia e aplaudiu a chegada de um mercenário, movido pela sede do poder e de vingança. O meu povo mais uma vez esqueceu todo o sofrimento impingido pelo general sanguinário e aplaudiu, aquele que foi, é e esperemos que não continue a ser por muito tempo, a razão da desgraça do Estado guineense.Dessa amnésia e desse apoio a um acto ilegal e de vandalismo, até sermos hoje presididos pelo maior criminoso da história da Guiné-Bissau, apenas foi preciso que aqueles “amigos” que no passado alugavam os seus leitos matrimoniais em nome de um estatuto trabalhassem um pouco mais…Desde o regresso do ditador sanguinário, temos um país “de pernas para o ar”, com uma Assembleia Nacional Popular que mal funciona e com deputados que mal conhecem a letra “A”, facilmente corrompidos, de costas viradas com o Presidente da mesma Assembleia e este, juntamente com o maior sindicato nacional, de costas voltadas com o governo e a Presidência.Governo esse, não escolhido pelo povo, através do sufrágio, arrogante e prepotente, defendido até à exaustão pelo ditador sanguinário, desde que execute ou tente executar na perfeição as vontades do todo-poderoso. Esse mesmo governo nega-se a dialogar com outros representantes do Estado, desde que estes não acartem as suas directrizes de forma silenciosa. Ainda assistimos à violação dos direitos mais básicos do homem e de um Estado de direito, como ameaças, intimidações, espancamentos e assassinatos de figuras públicas. Como é possível, o presidente do maior partido guineense ter medo de voltar a casa?Vão dizer-me que o medo é individual e que ninguém tem culpa dos medos dele.E, aí pergunto, se não é para se ter medo, quando um governo, de forma ilegal assina um mandado de captura e envia uma brigada de intervenção para a detenção de um político, munido de imunidade parlamentar? A verdade é que as investigações sobre a morte do Comodoro Lamine Sanhá e da agressão do Dr. Silvestre Alves interessam pouco ao governo e ao Ministério Público Guineense.Desde que aconteceram esses actos bárbaros e cobardes, ainda não foi conhecido qualquer suspeito e nem tão pouco foi convocado aquele que, ainda em vida, o Comodoro acusou de o perseguir e ameaçar. Para quando a audiência do General Tagmé na Waie, sobre a morte do Comodoro? O meu povo vai continuar a fechar os olhos e a divertir-se com o caso de disputa de bens roubados, entre Nino e Cadogo?O que me estranha é que o povo continua a assistir impávido e sereno e quiçá prostrado!!! Continuo a achar que nós guineenses somos responsáveis pelo actual estado da nossa pátria e pouco ou nada fazemos para a sua mudança.Cabral e muitos outros deram a vida, acreditando dar-nos uma vida melhor e nós, pouco ou nada estamos a fazer para melhorar o futuro daqueles que virão.

Sunday, February 11, 2007

FICOCABLES – PORTUGAL

Rumo ao futuro!

É pela afirmação e vinculação de políticas assertivas, como as da Qualidade, Ambiente, Segurança, Responsabilidade Social e uma postura filantrópica em relação às causas sociais, que as empresas se posicionam nos mercados contextualizando um novo conceito de gestão.
Gostaria de aqui salientar, que para além destas políticas assumidas e expressas na declaração de compromisso empresarial. As empresas, devem centrar-se também na qualidade de vida dentro de portas. A qualidade de vida dentro das empresas, é sobretudo um factor humano e não da organização. É pelas decisões e comportamentos dos gestores, que este aspecto poderá ser melhorado. Os ambientes profissionais, independentemente de se estar , numa empresa com bons resultados económicos e sustentáveis, e não paire a ameaça do desemprego, falham muitas vezes pela parte de quem gere. Aos gestores de hoje, cabe a enorme responsabilidade e o papel decisivo de para além de todas as performances categóricas de gestão, criarem condições para que todos os colaboradores possam usufruir de uma vida pessoal/familiar de qualidade. As acções de promoção da qualidade de vida de quem trabalha, partem do princípio de se reconhecerem as pessoas, e a adopção de uma visão humanista sobre todos os que na empresa trabalham e partilham o quotidiano da empresa.
A aposta nas pessoas, na sua formação, valorização, e a visão e conhecimento do factor humano inerente é cada vez mais, aposta dos gestores de sucesso.
Sendo a humanização das empresas um factor imprescindível, ao melhoramento do clima laboral, é também sem dúvida um tónico para a motivação e saúde mental e física dos trabalhadores. As pessoas por via da sujeição aos elevados ritmos de vida do quotidiano das empresas, são sujeitas a uma brutal carga psíquica e física com repercussões gravíssimas na sua qualidade de vida. Perdem também as empresas, com o aumento das faltas ao trabalho e com a diminuição da capacidade produtiva.
O reconhecimento do lugar central das pessoas dentro das empresas, a adopção de políticas humanistas e de proximidade entre os trabalhadores e quem gere, é de facto relevante e de primordial importância na vida das empresas e na qualidade de vida proporcionada aos seus colaboradores.
Na Ficocables, a aposta na valorização do trabalhador enquanto ser humano tem crescido no sentido de a pessoa ocupar um lugar central no projecto de empresa.


Estes propósitos, fazem parte da visão e valores assumidos pela empresa, o enfoque na pessoa tem sido relevante para as melhorias sentidas., e nas acções de melhoria contínua.
Muito ainda falta fazer, mas sentimos que o esforço de conciliação, é na verdade no sentido de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos seus trabalhadores, e fazer da Ficocables uma empresa onde gostamos de trabalhar.

Por: Victor Simões – Ficocables Portugal

Monopoly o Jogo do Senhor Ministro Manuel Pinho




Sua excelência o sr. ministro da economia Manuel Pinho, parece que vê a economia como um jogo de “monopoly”. Tem uma visão muito lúdica da economia e muito pouca perspicácia para identificar o que vai mal neste país.
Começam a ser confrangedoras e embaraçantes as calinadas, que mete umas seguidas de outras. Valha-nos a sinceridade e a inocência que nos possibilita vislumbrar o seu perfil de político e de gestor, com todas as suas limitações em matéria de políticas económicas eficazes.
Vejamos o senhor ministro, Manuel Pinho, e respectiva equipa não encontram nada melhor para controlar o défice, que não recorrer ao aumento dos impostos e fazer política de baixos salários, para que a economia portuguesa continue competitiva.
Tenho pena senhor ministro, que os seus ex-alunos, tenham aprendido o que lhes ensinou, pois o défice não se combate dessa forma. Este actual processo de redução do défice público, não é mais que um tapa olhos. Na verdade esta solução é o contrário do que se deveria colocar em prática, daqui a três anos estamos na mesma. Os portugueses, com um nível de vida pior, o país mais na cauda da Europa se não no último posto vigésimo quinto.
O problema é que se trabalha para as próximas eleições, e os portugueses continuarão iludidos na esperança de melhores dias que nunca chegarão.
Atentemos nas palavras do ministro, proferidas em Pequim, aquando da visita à China e afirmando que uma boa razão para investirem em Portugal, são os baixos salários aqui praticados, que estão abaixo da média Europeia. Veja-se também a reacção de Sócrates, ao querer defender o seu correligionário, “ O sr, ministro disse a verdade “.
Se são estes os políticos que nos governam, vejam bem o que querem para os portugueses, que continuem cada vez mais na miséria, até os salários acompanharem os da China, depois poderemos concorrer com Chineses pelo certo.
Mas o jogo ao monopoly da economia portuguesa, continuou, na viagem de regresso.
Diria que hilariante foi a cena, de Manuel Pinho apagar o cigarro e colocar a cinza junto de papeis, a que a hospedeira atrapalhadíssima se apressou a ir apagar. ( Querem que os portugueses não fumem em recintos fechados e as normas de segurança, são para quem cumprir?). Mas estava eu contar do jogo do monopoly, e o ministro explica desenhando a táctica num folha de bloco de notas… “ são três estrelas na indústria da madeira”. “ E mais quatro no turismo, outras tantas na petroquímica ( será por isso que penalizam a produção de Biocombustíveis, cortando o apoio fiscal, em contracorrente com todo o mundo civilizado. Sinceramente eu já duvidava da bondade deste Governo em matéria ambiental, agora nada me fará acreditar.). E quero mais duas estrelinhas aqui, estou à procura de dois investimentos para a piscicultura”.
Nas multinacionais estamos bem, assegura, escrevendo “ sector automóvel ” no vértice do triângulo. “A Autoeuropa é do caraças!”
Caros leitores, este senhor é de outro planeta e vive dentro do jogo do monopoly, já esqueceu a injecção de capital à Autoeuropa, já esqueceu que quando não houver mais para sugar aos portugueses, estas empresas vão explorar outros povos.
Que desilusão, por ver o meu país a afundar, como um navio desgovernado e sem capitão.