Sunday, September 17, 2006

A Saúde em Portugal


Estimados leitores, este meu texto é um grito de revolta, não é ficção, não é sobre o que se consta, é real e passa-se comigo!
Poderei começar por esclarecer, que o meu tormento começou quando tinha dezasseis anos, queixava-me de insuportáveis dores abdominais, a minha saga tinha inicio, com as consultas nos centros de saúde estatais, e como nada me resolvia o problema algumas consultas na medicina privada, para conhecer outras opiniões.
Suspeitaram que teria a doença de Crhon, e as portas do inferno de quem tem de andar de médico em médico, e com o atendimento que se conhece, e a que se tem de sujeitar quem não tem recursos, nem possibilidades de escolha de serviços mais competentes e diligentes! Depois da entrada no inferno (o inferno é isto… o nosso sistema de saúde pública, que agora com as privatizações previstas ainda piora dado que são geridos segundo a lógica empresarial de lucro!) exames, mais exames, de médico em médico e por fim a conclusão a suspeita é infundada!
As opiniões médicas nunca encontraram um consenso, divergem entre si, intestino com o dobro do comprimento ( e o conselho - “ terá de se habituar à ideia de viver com o seu problema”). Entretanto o perímetro abdominal aumenta consideravelmente, e começo a apresentar outros sintomas para além das dores abdominais, corrimento excessivo e infecções vaginais constantes (devo dizer, que não tem nada a ver com relações sexuais, porque não as tenho) acompanhadas de dores internas insuportáveis e que me levam a recorrer às urgências hospitalares, acabam por medicar sem saberem o que tenho e mandam-me para casa até nova crise… em termos de médicos surge mais uma suspeita de doença de DIP, perante tal suspeita apresentada por um médico dos serviços privados, a minha médica de família encaminhou-me de urgência para os serviços de ginecologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Santos Silva, fiquei paciente das Drªs Sandra Baptista e Isabel ( não me lembro do sobrenome), sou sujeita a nova bateria de testes e exames médicos e sabem qual a conclusão? Até agora nenhuma! Já ando em bolandas entre médicos, hospitais e centros de saúde à sete anos, tenho actualmente 23 anos e ainda não sei o que tenho, nem sei quando verei o meu problema resolvido!
Em Junho deste ano de 2006, tinha uma consulta marcada, dado que tinha feito mais uns exames médicos, não sei o que aconteceu, mas no hospital extraviaram os exames, (aqui entra a competência e responsabilidade de quem lá trabalha e é responsável pelos referidos exames, ) na referida consulta e dado que nenhuma das doutoras de quem sou paciente se encontrava, fui canalizada para uma médica que fazia serviço à urgência ( já nem sei o nome dela, tal o mal estar que semelhante pessoa me causou, parecia que estava na profissão errada e que apenas está ali como mercenária ou porque não consegue melhor colocação, nós os doentes somos uns tolinhos, que só incomodamos – revoltante, e indigno da ostentação do título de doutora), que me disse ( sem ver os exames, os mesmos tinham sido extraviados ), que por ela me daria alta, dado que o meu problema era intestinos e não sabia o que eu andava lá a fazer a dar-lhes trabalho (alguém gosta de ir ao médico, perder tempo de um lado para o outro, ser tratado sem humanidade, só para lhes dar trabalho? Tenho pena de não me lembrar do nome da senhora doutora, pois agora que já estou bem elucidada, pedia o livro de reclamações, e apresentava queixa na Ordem dos Médicos, a incompetência é intolerável em serviços públicos, tratamento desumano e malcriado ainda pior, talvez ainda me venha a recordar do nome) depois de me receitar uns placebos quaisqueres, marcou-me nova consulta para Janeiro de 2007, julgo eu para continuar a ser vista pelas médicas de quem sou paciente.
Voltei à clínica privada e disseram-me que tenho um abcesso no útero e que tenho de ser operada com urgência! Eu pergunto onde, como e quando? Não tenho disponibilidade financeira, nem os meus pais para eu ser operada em clínica privada, e pelo hospital terei ainda concerteza de me submeter à repetição dos exames médicos anteriores e veremos, se o diagnóstico de abcesso, já está correcto!
Como disse tenho 23 anos, e a minha vida muito complicada, pelo problema de saúde que me afecta e que parece ninguém me ajuda a resolver!
É este o estado da saúde em Portugal… podem crer não tem nada a ver com o que oiço apregoar por quem de direito… e há muitos casos, muitos mesmo, em que se morre em Portugal, quer por negligência, quer por falta de cuidados médicos atempados… os casos de chamarem pessoas para serem operadas depois das mesmas falecerem é uma vergonha, para um país que se pretende de primeira linha e de uma Europa!

Wednesday, September 13, 2006

Isto é apenas uma gota no oceano chamado Portugal

Este texto, foi-me enviado por leitor identificado. A Voz do Povo, resolveu publicá-lo e já agora convidar o nosso amigo, para fazer parte desta equipa.
Um abraço


Tudo o que vai aparecer neste texto não é ficção! Acontece em Portugal. País com regime democrático à beira mar plantado. Vamos lá...
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Demorou até um pouco para ver se não dava nas vistas. Mas a Festa continua .......
Segundo a revista Focus (pág.25 ), a EDP conta com um novo assessor jurídico. Foi nomeado pelo ex-ministro António Mexia (actual presidente executivo da EDP) e vai ganhar cerca de EUR 10.000/mês.Quem é ele?Perguntam vocês... Pensem um pouco... Mais um bocadinho...
Não era fácil...:
- Pedro Santana Lopes (MAIS UM JOB)
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A opinião pública é fabricada por quem? Penso que todos somos influenciados pela COMUNICAÇÃO SOCIAL.
ESTÃO TODOS CALADINHOS, PORQUÊ ????????????????
Subsistema de Saúde dos Jornalistas.
Por que será que andam caladinhos? Objectividade da análise jornalística?
Porque é preciso ter os jornalistas na mão....
O subsistema de saúde "dos fazedores de opinião" é INTOCÁVEL!!!
A Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas é dirigida por uma comissão administrativa cuja presidente é a mãe do ministro António Costa e do Director-Adjunto da Informação da SIC, Ricardo Costa (Maria Antónia Palla Assis Santos - como não tem o "Costa", passa despercebida...).
O Ministro José António Vieira da Silva declarou, em Maio último, que esta Caixa manteria o mesmo estatuto!Isso inclui regalias e compensações muito superiores às vigentes na função pública (ADSE), SNS e os outros subsistemas de saúde. É só consultar a tabela de reembolsos anexa.... Mas este escândalo não será divulgado pela comunicação social, porque é parte interessada (interessadíssima!!!) pelo há que o divulgar ao máximo por esta via!!!
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Era a manchete do Expresso e custa acreditar. A nossa petrolífera tem vindo a ser albergue de parasitas e toca de incompetentes. Veja-se:Um quadro superior da GALP , admitido em 2002, saiu com uma indemnização de 290.000 euros, em 2004. Tinha entrado na GALP pela mão de António Mexia e saiu de lá para a REFER, quando Mexia passou a ser Ministro das O.P. e Transportes ...O filho de Miguel Horta e Costa , recém licenciado, entrou para lá com 28 anos e a receber, desde logo, 6600 euros mensais.Freitas do Amaral foi consultor da empresa, entre 2003 e 2005, por 6350 euros/mês, além de gabinete e seguro de vida no valor de 70 meses de ordenado.Manuel Queiró , do PP, era administrador da área de imobiliário(?) 8.000euros/mês.A contratação de um administrador espanhol passou por ser-lhe oferecido 15 anos de antiguidade (é o que receberá na hora da saída),pagamento da casa e do colégio dos filhos, entre outras regalias.Guido Albuquerque, cunhado de Morais Sarmento, foi sacado da ESSO para a GALP. Custo: 17 anos de antiguidade, ordenado de 17.400 euros e seguro de vida igual a 70 meses de ordenado.Ferreira do Amaral , presidente do Conselho de Administração. Um cargo não executivo(?) era remunerado de forma simbólica: três mil euros por mês, pelas presenças. Mas, pouco depois da nomeação, passou a receber PPRs no valor de 10.000 euros, o que dá um ordenado "simbólico" de 13.000 euros...
Outros exemplos avulsos: Um engenheiro agrónomo que foi trabalhar para a área financeira a 10.000 euros por mês; A especialista em Finanças que foi para Marketing por 9800 euros/mês... Neste momento, o presidente da Comissão executiva ganha 30.000 euros e os vogais 17.500. Com os novos aumentos, Murteira Nabo passa de 15.000 para
20.000 euros mensais.
A GALP é o que é, não por culpa destes senhores, mas sim dos amigos que ocupam, à vez, a cadeira do poder. É claro que esta atitude, emula do clássico "é fartar, vilanagem", só funciona porque existe uma inenarrável parceria GALP/Governo. Esta dupla, encarregada de "assaltar" o contribuinte português de cada vez que se dirige a uma bomba de gasolina, funciona porque metade do preço de um litro de combustível vai para a empresa e, a outra metade, para o Governo. Assim, este dream team à moda de Portugal, pode dar cobertura a um bando de sanguessugas que não têm outro mérito senão o cartão de militante. Ou o pagamento de um qualquer favor político...
Antes sustentar as gasolineiras espanholas que estão no mercado do que estes vampiros!!!
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Assunto:PESO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NA POPULAÇÃO ACTIVA ( Dados de 2004)
(Fonte EUROSTAT, publicado no Correio da Manhã)
Suécia .. 33,3%
Dinamarca ..30,4%
Bélgica .. 28,8%
Reino Unido ..27,4%
Finlândia ..26,4%
Holanda .. 25,9%
França .. 24,6%
Alemanha .. 24%
Hungria .. 22%
Eslováquia ..21,4%
Áustria .. 20,9%
Grécia .. 20,6%
Irlanda .. 20,6%
Polónia .. 19,8%
Itália .. 19,2%
República Checa ..19,2%
PORTUGAL .. 17,9%
Espanha .. 17,2%
Luxemburgo .. 16%
Não há pois funcionários públicos a mais. Há sim uma distribuição não correcta, o que faz com que haja sectores em falta e outros em excesso.
Por exemplo, a reforma administrativa que, sem dúvidas, urge fazer-se, deverá começar por mudar a realidade dos dados que nos indicam que cada ministro deste e de outros governos tem, para seu serviço pessoal e sob as suas ordens directas, uma média de 136 pessoas (entre secretários e subsecretários de estado, chefes de gabinete, funcionários do gabinete, assessores, secretárias e motoristas) e 56 viaturas, apenas CINCO vezes mais que no resto da Europa.
Há políticos e governantes que querem a diminuição cega dos quadros apenas para que as empresas privadas de seus amigos e padrinhos possam ser contratadas para fazer serviços públicos ("Outsourcing") e possam facturar muito.
Finalmente, o contraste entre o destaque dado pela comunicação social controlada e até corrupta.
Se serviu para alguma coisa, o «programa dos Prós» da RTP de 22 de Maio, foi que, quando as comadres se zangam, sabem-se as verdades. E a verdade que saiu do programa da RTP foi que temos uma comunicação social corrupta e ao serviço de quem tem muito dinheiro.
Nestes dias, a ideia que mais uma vez a comunicação social vendeu à opinião pública, foi a da necessidade de 200 mil despedimentos na função pública.
Resulta que somos o 3º país da U.E. com menor percentagem de funcionários públicos na população activa.
A realidade sustentada por alguns governantes e ex-governantes, nada mostra quanto aos factos que estarão na base de tais afirmações, tão pouco se naqueles 200 mil, estarão os milhares de "boys" nomeados pelo mesmo sistema que os esses mesmos governantes construiram nos últimos 20 e alguns anos.
Assim se informa e se faz política em Portugal.
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Em Setembro de 2002 foi publicada na II Série do Diário da República a aposentação do Exmº. Senhor Juiz Desembargador Dr. José Manuel Branquinho de Oliveira Lobo, a quem foi atribuído o número de pensionista 438.881.
De facto, no dia 1 de Abril de 2002 o Dr. Branquinho Lobo havia sido sujeito a uma "Junta Médica" que, por força de uma doença do foro psiquiátrico , considerou a sua incapacidade para estar ao serviço do Estado, o que foi determinante para a sua passagem à aposentação.
De acordo com o disposto na alínea a) do nº.2 do artigo 37º do decreto-lei nº.498/72 de 9 de Dezembro, em caso de aposentação motivada por incapacidade ou doença, constitui regalia dos magistrados judiciais auferirem a sua pensão de aposentação por inteiro, como se tivessem todo o tempo de serviço para tal necessário.
Por esse motivo , o Dr. Branquinho Lobo passou a auferir uma pensão de aposentação no montante de € 5.320 ,00.
Contudo, por resolução proferida no dia 30 de Julho de 2004, o Conselho de Ministros do Governo do Dr. Pedro Santana Lopes nomeou o Dr. Branquinho Lobo como Director Nacional da Polícia de Segurança Pública.
Desde então, o Dr. Branquinho Lobo acumulou a sua pensão de aposentação por incapacidade com o vencimento de Director Nacional da P.S.P.
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Depois de apresentar este texto só posso dizer que tenho vergonha de ser português em Portugal. Gostava de viver numa verdadeira Democracia!
Todos com o mesmo sistema de saúde;
Todos a pagarem impostos;
Todos a terem reformas merecidas e justas;
Todos com o mesmo sistema de Justiça e não um para os ricos (intocáveis) e outro para os pobres;
Etc...